quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A descoberta das mãos

Sua mão pequena e delicada nasce em seu braço e escorre pelo ar até alcançar meu rosto. O seu leve toque me trazia uma sensação de mais força que uma agressão de um animal feroz e, ao mesmo tempo, mais suavidade que uma pétala da mais rara flor. Eu nunca saberei explicar o que sua pele causava em mim - talvez me falte algo para saber entender tudo o que se passara ali.
Naquele momento eu não precisava de mais nada, além de suas mãos. Suas mãos me faziam gritar silenciosamente: "Eu sou um homem de verdade!" Não. Não era isso que eu gritava. Meu grito ultrapassava isso. Talvez eu gritasse: "Eu sou humano de verdade". Sim, era isso que eu gritava. Era isso que eu sentia. Eu era humano. Ser humano. Ser.

Um comentário:

♫ Liliane ♥ disse...

Texto tão belo, amigaaa!