quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A ausência da escrita acaba por tirar minha vida. Perco as forças, perco o rumo, perco a cor, o brilho,o ar. A tinta entra em contato com o papel e numa fotossíntese fantástica produz o meu oxigênio.Gritar nas minhas linhas faz meus pulmões respirarem como novos. Movimentar meus dedos faz com que todos os músculos, ossos e nervos sintam-se exercitados. Essa sensação, eu sei, é universal. Mas quem a sente sabe também que ela não se mostra no papel como aparece em seu próprio ser.

24/08/2009

A despedida é pra sempre?

E um despertar pra vida me fez perceber que você não estava mais comigo. De repente, eu vi que você simplesmente desapareceu.
Se eu fosse um pouco mais atenciosa, saberia como/quando/porque você foi embora. Se eu soubesse isso, seria fácil te trazer de volta. Mas eu não sei se você foi para sempre ou só até daqui a pouco.
O problema é que eu nunca imaginei como seria a vida sem você, eu não me preparei para isso, eu não sei o que eu faço agora. Não sei.
Ai, como a saudade me dói. A pior saudade. A pior dor. A pior situação. Se você soubesse o sofrimento que isso me traz não faria isso comigo. Você não tem essa maldade.
Me mande um sinal, uma carta, um bilhete, um grito, um sinal de fumaça... Me diz qualquer coisa, me dá força segurando a minha mão, me protege me dando um abraço apertado, me salva! Volta pro teu lugar ou tira de uma vez esse vazio do meu peito.
Ei, é sério... Eu estou começando a ficar realmente desesperada. Olha pra mim quando resolver me dizer que não me aguenta mais e vai me deixar. Eu quero que, no mínimo, seja cara a cara. Por favor, por favor...
Se fosses pelo menos uma pessoa a quem eu pudesse procurar e achar e entender e esclarecer. Mas e quando perde-se a si mesmo? Onde procurar?


23/08/2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mas começo a pensar que isso tudo que a gente acha que é vida não é vida realmente. É só uma máscara escondendo a verdadeira vida real. Alguns a encontram e vivem, enquanto outros preferem rejeitar a loucura e viver mascarados, sem nunca saber o que é viver.

sábado, 22 de agosto de 2009

"Não existe amor sem medo..."

Por que eu sinto tanto medo em relação a nós? Tenho medo que me deixe, tenho medo de querer te deixar. Tenho medo que tudo isso se acabe. Tenho medo que seja bom demais para durar pra sempre. Tenho medo que tudo isso vire só uma doce lembrança.
Tenho medo de te ver morrer. Tenho medo de morrer e sumir do teu coração.
Tenho medo de um dia precisar mas não conseguir te dizer tudo que eu penso, tudo o que eu quero, tudo o que eu sinto.
Nem sei do que mais sinto medo, mas sei que sinto.
E assim você se torna minha cura e meu veneno.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Só esqueceram de perguntar depois se me convenceram sobre os motivos para continuar seguindo todo mundo. Esqueceram de confirmar no fim se eu realmente quero ser parte desse todo mundo. Não quiseram saber se eu vou obedecer às regras. Não se lembraram que talvez eu não queira ser lembrada pelos meus bons modos.
Talvez a rebeldia e aquele caminho ali logo ao lado - tão vazio e abandonado - me atraiam mais. Quem sabe eu não queira ser mais uma fora desse círculo que ando desprezando tanto?
Pode ser que alguém tenha me dito, e minha inconstante memória tenha me traído. Mas a verdade é que eu realmente não me lembro dos motivos pelos quais eu preciso me comportar bem aqui.
Se cada ser humano busca seu próprio bem estar, por que eu tenho que ser uma "dama", quando isso não me traz bem estar nenhum? Por que eu preciso me sentir tão deslocada nesse mundo? Por que eu não posso simplesmente ser eu mesma e ser feliz assim? Por que eu preciso procurar cegamente o poder, se eu nem me importo tanto assim mais com ele? Por que eu preciso precisar desesperadamente de dinheiro, se outras riquezas são mais importantes pra mim que ele?
Acho que suas regras não estão me convencendo mais... Acho que suas verdades não são tão reais pra mim agora... Talvez eu necessite de mais.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fria e calculista ou quente e letrista?

Estava falando com uma amiga sobre questões do coração. Decepções amorosas, abalos que a gente sofre em fins de relacionamentos, vontade de morrer e outras coisas mais que todo mundo já passou na vida... Mas o que mais me interessou foi quando chegamos ao ponto de questionar a melhor forma de levar os relacionamentos amorosos e, mais do que isso, de como levar a vida...
Sinceramente ainda não descobri como é melhor ver o mundo e agir na vida. Encontro prós e contras em ambos os lados. Se por um lado agir friamente às vezes te salva de inúmeras decepções, viver tudo seguindo somente o coração pode te trazer emoções maravilhosas.
Se pudéssemos saber o que vai acontecer depois, poderíamos então saber como agir em cada situação. Se soubéssemos quando alguém nos faria sofrer a ponto de não sabermos mais se conseguimos sobreviver, ativaríamos o modo frio e calculista. Se soubéssemos que alguém seria tão importante em nossas vidas a ponto de nos fazer esquecer de todo o resto e perder o ar por alguns segundos, voilà! só ser quentíssimo e mergulhar fundo nessa história...
Mas acontece isso? Não.
Então o que fazemos? Decidimos que o melhor é se apaixonar sem medo quando se está apaixonado, mas dizer com toda certeza "Nunca mais amo ninguém! Serei a pessoa mais fria desse mundo a partir de agora!" depois de um pé na bunda.
O que é melhor então, caro leitor?
Talvez o melhor seria alcançar o equilíbrio nisso tudo e ser um pouquinho de cada coisa... Mas existe algo no mundo mais difícil de se obter que o equilíbrio??
Chego ao fim dessa postagem como cheguei no início: sem respostas...

domingo, 16 de agosto de 2009

Quero sim!

Quero dias de felicidade infinita. Quero choro de dor interminável. Quero agradecer por mais um dia de vida. Quero querer morrer. Quero dizer tudo que me vem à cabeça e me arrepender depois. Quero ficar pensando no que eu poderia ter dito e não disse. Quero saber tudo. Quero não saber nada e precisar pensar à procura de todas as respostas para todos os mistérios. Quero me sentir a pior pessoa do mundo por fazer alguém sofrer. Quero sofrer pela pior pessoa do mundo. Quero amar com todas as minhas forças, com a certeza de que será pra sempre. Quero desabar ao perceber que o amor não foi pra sempre, e simplesmente, acabou. Quero nascer a cada dia. Quero ser uma nova personagem a cada raiar do Sol. Quero tirar as máscaras. Quero ter novas máscaras. Quero ser eu. Quero dar intermináveis gargalhadas. Quero não achar graça e depois dizer claramente que eu não achei graça. Quero me arriscar. Quero cair e me machucar. Quero não querer mais levantar. Quero querer levantar. Quero levantar e depois cair quantas vezes for preciso. Quero aprender alguma coisa com cada tombo. Quero sentir desprezo, nojo, raiva, tristeza, alívio, alegria, euforia, paz. Qualquer coisa... Quero sentir. Quero ser. Quero viver!

As revelações da noite...

Minha casa mal-assombrada sou eu mesma. Só preciso de momentos de insônia para percebê-la. Só preciso me perder em meus pensamentos para encontrá-la. Estar completamente isolada num mundo vazio se torna a melhor maneira de ver como tudo acontece.

Não ouço correntes se arrastando pelas escadas. Contudo, meus velhos chinelos barulhentos exercem a função de me levar a procurar pela casa algo que ainda não sei o que é. Não ouço fantasmas me soprando ao ouvido. Porém, um passado ainda não decifrado consegue me assombrar, juntamente com um futuro embaçado que me assusta. Não há animais demoníacos me perseguindo. Mas os cães da vizinhança parecem querer me dizer alguma coisa em seus latidos.

Um desespero terrível se aloja em mim e eu nem ao menos sei o motivo. Mil perguntas surgem do meio do nada e não oferecem o mínimo de ajuda na minha eterna procura pelas respostas. O relógio de repente passa a me contar as horas de uma maneira diferente. Ainda não descobri se é de uma forma mais rápida ou mais lenta. Sei que é diferente. Nenhum momento do dia se assemelha ao agora. Agora é diferente.

Até a Lua, que outrora fora minha bela amiga e confidente, quer me dizer algo. Tento identificar sua charada, mas nenhuma ideia se passa na minha cabeça sobre esse mistério.
Por que me sinto tão inquieta se nem ao menos sei o que acontece? Se nem ao menos sei se algo acontece...

Dormir me salvaria disso tudo? Tento. Mas o sono não vem. O que fazer agora?

Intermináveis horas enfim me permitem encontrar o repouso. Mas este não é um descanso propriamente dito. Todo esse terror consegue alcançar meus sonhos e fazer com que eu fique perdida até mesmo lá.

O que fazer agora?

Amanhã um novo dia vem. Amanhã.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Crise de escritura...

E ainda que eu me desesperasse, nada consigo escrever...
Torço para que um post saia amanhã!
Talvez um cinema me cure... Rsrs
Tenham um bom fim de semana! 15/08- Dia dos solteiros!!! Então, aproveeeeiteeem!!!kkkk
Kisses!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Questões

Se aprendemos desde sempre que ninguém é igual a ninguém, por que fazemos parecer que é necessário todo mundo ser igual a todo mundo? E se todo mundo é igual a todo mundo, por que às vezes não somos vistos como todos iguais? Afinal, somos iguais ou diferentes?
Se ninguém sabe imediatamente o que fazer da própria vida, por que cobramos tanto que os outros saibam?
Por que mentimos quando a verdade seria a melhor solução? Por que passamos tanto tempo nos maquiando em vez de mostrarmos ao mundo quem realmente somos? Por que acreditamos em mentiras que lemos nos jornais, mas duvidamos das verdades que vêm dos nossos corações?
Por que sempre preferimos acreditar que é coincidência o que, na verdade, é providência? E por que não identificamos as coisas boas que as verdadeiras coincidências podem nos trazer?
E se o amor deveria ser algo sublime, mágico e maravilhoso na vida do ser humano, como conseguimos fazer com que ele se transforme em algo tão confuso? Por que o amor é tão recusado quando nasce e tão doloroso quando morre?Por que o Sol é tão querido num dia chuvoso e tão evitado num dia ensolarado?
Por que só querem a opinião de quem concorda?
Por que não podemos nos desesperarmos, nos confundirmos, nos irritarmos, nos ridicularizarmos? Por que não podemos surtar?
Por que as coisas que aparentemente são simples, na verdade, não são?
E por que nós, imperfeitos seres, não podemos nos aceitar como tais e simplesmente compreender que compreender tudo no mundo nem sempre é possível?

"Um mundo mais brasileiro"

Ouvi essa expressão num comercial de tv um dia desses... E fiquei pensando em como seria um mundo todo mais brasileiro. Comecei a escrever sobre isso, mas desisti de publicar. Simplesmente porque me cansei de falar mal do Brasil. Ainda não me sinto feliz com a conduta do povo brasileiro, mas percebo que meu sentimento de decepção não é tão limitado assim... Se não gosto das atitudes de determinadas pessoas, isso não vai se restringir somente ao Brasil.
E sabe o que eu pensei? Não pode estar o mundo todo tão errado assim.
É, talvez o problema é comigo...

domingo, 9 de agosto de 2009

[Vaga]nte...

E como uma alma que não mais vive apesar de ainda não morrer, ela não mais andava. Apenas vagava.

Não mais percebia se alguém a olhava. Na verdade, não mais percebia se havia mais alguém.

Não se preocupava com o que aconteceria dali pra frente e nem o que acontecera até ali.

Sua expressão mostrava claramente que não mais se importava com nada.

Quem a encontrava não a decifrava.

Uma grande muralha a mantia longe de todo o resto.

Ainda hoje penso se ela sentiria algo caso um caminhão a atropelasse.

Estaria seu corpo assim tão ausente quanto sua alma?

Sei o que ela passava...Só não sei se era bom...Nada nela transparecia como era se sentir assim...

Enfim...
Pensava, mas não mais existia.