Meus textos estão espalhados nos meus cadernos, em folhas soltas, ou por aí... no vento.
Assim que encontrar um interessante, posto aqui de novo.
Espero que ainda me amem, mesmo na minha ausência... hehehe
ah, eu continuo amando vocês, ok?
sexta-feira, 19 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Feliz ano novo, Mafalda
"- A fome e a pobreza no mundo acabaram?
As armas nucleares foram suprimidas?
Sim?
- Bemmm... Acho que não, filhinha
- Então para que foi que a gente mudou de ano?!"
As armas nucleares foram suprimidas?
Sim?
- Bemmm... Acho que não, filhinha
- Então para que foi que a gente mudou de ano?!"
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
D ex-equilibrando
Minha neta e minha avó vivem numa guerra sem fim.
Bombardeiam meus pensamentos com opiniões contrárias.
Não encontro uma solução para mantê-las em paz, como uma família deveria ser. Elas não se entendem e, pior, querem que eu me decida sobre qual das duas escolher como minha preferida.
Não posso explicar como estar com aquela garotinha é bom. Diversão além do imaginável!
Mas os conselhos daquela senhora são fundamentais. Ela sabe me fazer agir racionalmente nos momentos precisos.
Quero as duas, mas não pode ser.
Vou levando-as assim... Em guerra, juntas a mim, como se estivéssemos em paz.
Bombardeiam meus pensamentos com opiniões contrárias.
Não encontro uma solução para mantê-las em paz, como uma família deveria ser. Elas não se entendem e, pior, querem que eu me decida sobre qual das duas escolher como minha preferida.
Não posso explicar como estar com aquela garotinha é bom. Diversão além do imaginável!
Mas os conselhos daquela senhora são fundamentais. Ela sabe me fazer agir racionalmente nos momentos precisos.
Quero as duas, mas não pode ser.
Vou levando-as assim... Em guerra, juntas a mim, como se estivéssemos em paz.
"Os deuses me convidam para dançar no meio fio..."
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O que copiei,
O que inventei,
O que vivi
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Contra a igualdade.
Senti medo que todos fossem realmente iguais;
que a humanidade fosse atingida pela igualdade.
Olhei a igualdade. Que triste ela estava!
Em cada olhar, tristeza e cansaço.
Procurei qualquer um que estivesse fora dela.
Ninguém.
Ninguém!
Ninguém?
Eu também?
Eu seria igual?
Olhei o ser que me olhava de dentro do espelho.
Não parecia cansado. Triste? Talvez.
Estaria seguindo os passos da igualdade?
Ou não? Não?
Não!
O desespero me encontrou, mas a salvação veio logo depois.
Um sorriso saiu do meio da multidão.
Tinha tamanha grandeza que precisava se mostrar para o mundo.
Pensou melhor.
Não se mostrou para o mundo todo.
Se mostrou para si mesmo.
Mas o "si mesmo" não soube suportá-lo.
Precisou mostrar para o mundo.
Porque o que não cabe em si mesmo,
caberá no mundo.
Caberá no mundo?
Não caberá.
Mas coube num instante que me mostrou
que não estaria tudo perdido.
Ainda são diferentes.
Em meio à escuridão da tristeza,
ainda há um sorriso.
Em algum lugar
há.
Que bom.
Sorri também.
Não sou igual.
que a humanidade fosse atingida pela igualdade.
Olhei a igualdade. Que triste ela estava!
Em cada olhar, tristeza e cansaço.
Procurei qualquer um que estivesse fora dela.
Ninguém.
Ninguém!
Ninguém?
Eu também?
Eu seria igual?
Olhei o ser que me olhava de dentro do espelho.
Não parecia cansado. Triste? Talvez.
Estaria seguindo os passos da igualdade?
Ou não? Não?
Não!
O desespero me encontrou, mas a salvação veio logo depois.
Um sorriso saiu do meio da multidão.
Tinha tamanha grandeza que precisava se mostrar para o mundo.
Pensou melhor.
Não se mostrou para o mundo todo.
Se mostrou para si mesmo.
Mas o "si mesmo" não soube suportá-lo.
Precisou mostrar para o mundo.
Porque o que não cabe em si mesmo,
caberá no mundo.
Caberá no mundo?
Não caberá.
Mas coube num instante que me mostrou
que não estaria tudo perdido.
Ainda são diferentes.
Em meio à escuridão da tristeza,
ainda há um sorriso.
Em algum lugar
há.
Que bom.
Sorri também.
Não sou igual.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
A Caminho do Céu
Ok, hoje eu vou publicar um dos meus textos favoritos de um dos meus escritores favoritos. Ah, veio de um dos meus blogs favoritos. Sempre tenho uma impressão diferente cada vez que leio esse texto, mas em todas elas, eu adoro. Espero que gostem tanto quanto eu. Então, boa leitura! =]
"A Caminho do Céu
Rodolfo Alves
O semblante encontrava-se ausente de sua face. Sua vida procurou outros caminhos e esqueceu de lhe avisar. Seu mundinho pequeno de meios colegas ia-se lentamente. Sua existência não mais encontrava um porquê algum de continuar a sê-la. Não sabia explicar, mas entendia bem, não conseguia assimilar, apenas aceitar.
O seu corpo escarnava delírios e mistérios em meio às suas auto-confissões. O muro de aço que a cercava se tornara tão espesso, duradouro e forte que não havia aquilo que a fizesse desmoronar. A linha da sua vida finalmente atingira um patamar mínimo e retilíneo. A sua poesia não mais brotava. A sua perspicácia não mais se regulava e, por um momento, ela percebeu que sua loucura não passava de um tênue excesso de lucidez.
Depois de tantos esforços em vão, ela finalmente se encontrava acima de todos, acima de qualquer um, desde os que a apoiaram até os que a apedrejaram. Foi chamada prostituta, foi usurpada do seu próprio trono, espancada, chicoteada, enfim, destruída.
Mas naquele instante - e que instante! - ela se viu acima de todos, ali ela era o centro das atenções, era o motivo do embranquecer dos cabelos, a borboleta que criaria asas. O inicio do fim. O seu ser agradecia a existência daquele doce e breve momento: o mundo debaixo dos seus pés.
Então, eis que, na beira da cobertura do edifício, próxima do céu, à luz do dia, à luz de todos, ela se entrega ao sabor do vento. Para muitos ela caia, mas ela flutuava, e no seu breve e infinito flutuar, o calor do sangue aumentava até se esfriar abruptamente: plugt! Ela encontra a sua paz."
"A Caminho do Céu
Rodolfo Alves
O semblante encontrava-se ausente de sua face. Sua vida procurou outros caminhos e esqueceu de lhe avisar. Seu mundinho pequeno de meios colegas ia-se lentamente. Sua existência não mais encontrava um porquê algum de continuar a sê-la. Não sabia explicar, mas entendia bem, não conseguia assimilar, apenas aceitar.
O seu corpo escarnava delírios e mistérios em meio às suas auto-confissões. O muro de aço que a cercava se tornara tão espesso, duradouro e forte que não havia aquilo que a fizesse desmoronar. A linha da sua vida finalmente atingira um patamar mínimo e retilíneo. A sua poesia não mais brotava. A sua perspicácia não mais se regulava e, por um momento, ela percebeu que sua loucura não passava de um tênue excesso de lucidez.
Depois de tantos esforços em vão, ela finalmente se encontrava acima de todos, acima de qualquer um, desde os que a apoiaram até os que a apedrejaram. Foi chamada prostituta, foi usurpada do seu próprio trono, espancada, chicoteada, enfim, destruída.
Mas naquele instante - e que instante! - ela se viu acima de todos, ali ela era o centro das atenções, era o motivo do embranquecer dos cabelos, a borboleta que criaria asas. O inicio do fim. O seu ser agradecia a existência daquele doce e breve momento: o mundo debaixo dos seus pés.
Então, eis que, na beira da cobertura do edifício, próxima do céu, à luz do dia, à luz de todos, ela se entrega ao sabor do vento. Para muitos ela caia, mas ela flutuava, e no seu breve e infinito flutuar, o calor do sangue aumentava até se esfriar abruptamente: plugt! Ela encontra a sua paz."
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
badaladas para cinderela
Ela acordou na cama dura com dores em todo o corpo.
Não abriu os olhos. Sentiu que pessoas a observavam.
Ficou deitada, com os olhos fechados, lembrando-se porque estava ali.
Tinha ido àquele teatro para assistir uma peça infantil.
Mas por que entrara ali? Até onde se lembrava, não conhecia nenhuma criança que se apresentaria.
Claro, tinha bebido meio estoque do bar em frente. E, bêbada, entrou naquele lugar onde tantas pessoas entravam. Não se lembrava se comprou ingresso ou foi penetra, mas isso não importava.
Entrou, sentou e esperou que a peça começasse.
CINDERELA
Por que faziam as pobres crianças interpretarem aquilo? Ninguém mais aguentava aquela história. ELA não aguentava aquela história. Mas prestou atenção mesmo assim.
Quando chegou a um momento da história (mais claramente quando a princesa corre do príncipe à meia-noite), ela subiu ao palco, pegou delicadamente o rosto da menina que fazia a princesa e falou a ela, mas para que todos ouvissem:
"Vá embora, minha querida. Mas não volte. E não o espere voltar. Ele não vai te procurar, nem colocar seu sapatinho em todos os pés da cidade à sua procura. Ele não vai se preocupar com o motivo pelo qual você foi embora correndo. Ele vai voltar para a festa e achar outra vagabunda. Você vai ser mais feliz se souber que esse príncipe não tem nada de encantado. Vá embora e troque esse sapato de cristal por outro mais confortável e saia pra dançar. Vá embora e me espere ir também, porque eu sei que um dia eu também vou fazer isso. E quando eu for, nada vai me trazer de volta - nem um príncipe."
A princesa chorou e correu, o príncipe gargalhou, ela caiu no palco desmaiada e a plateia assistiu - atônita, calada e imóvel - àquele desfecho para a peça.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
[não consigo nomear isso]
18/01 - 22:36
Um amigo me liga.
A ligação durou dois minutos e trinta e cinco segundos.
Quanto teria lhe custado na conta, financeiramente?
Eu sei quanto me custou.
Me custou tirar a alegria genuína de dentro do meu peito e confessá-la por meio do meu sorriso.
Me custou ser iludida novamente, acreditando que o mundo vale a pena só porque ele me ama.
Me custou ser enganada, acreditando que eu seria uma pessoa digna de ser amada.
Me custou amar aquele ser com tanta força, que nem deve fazer bem pra saúde.
Me custou ficar lembrando de coisas tipo "anjo da guarda". Por que eu pensara nele há dois dias inteiros e agora ele me ligava?
Que bom que ele ligou.
Que bom que ele existe.
Um amigo me liga.
A ligação durou dois minutos e trinta e cinco segundos.
Quanto teria lhe custado na conta, financeiramente?
Eu sei quanto me custou.
Me custou tirar a alegria genuína de dentro do meu peito e confessá-la por meio do meu sorriso.
Me custou ser iludida novamente, acreditando que o mundo vale a pena só porque ele me ama.
Me custou ser enganada, acreditando que eu seria uma pessoa digna de ser amada.
Me custou amar aquele ser com tanta força, que nem deve fazer bem pra saúde.
Me custou ficar lembrando de coisas tipo "anjo da guarda". Por que eu pensara nele há dois dias inteiros e agora ele me ligava?
Que bom que ele ligou.
Que bom que ele existe.
Morreu e mudou, nem lembrança deixou.
Assisti a um vídeo ontem que me fez rir bastante.
Mas depois fiquei pensando e filosofando sozinha sobre o assunto do vídeo. O cara fez piadas ótimas, mas o que ele diz acaba sendo verdade.
Ele mostra o desespero do ser humano em ser lembrado. Desespero esse que pode levar-nos a fazer coisas ridículas na intenção de...ser lembrado.
E que diferença isso faz? Não sei o que eu vou ganhar quando as pessoas lembrarem de mim depois que eu morrer. Tipo... morri. E aí? Você acha realmente que eu vou morrer, e ficar olhando os pobres mortais aqui embaixo pra ver se eles estão se lembrando de mim?
Não. Eu não vou.
Esse é o vídeo.
Mas depois fiquei pensando e filosofando sozinha sobre o assunto do vídeo. O cara fez piadas ótimas, mas o que ele diz acaba sendo verdade.
Ele mostra o desespero do ser humano em ser lembrado. Desespero esse que pode levar-nos a fazer coisas ridículas na intenção de...ser lembrado.
E que diferença isso faz? Não sei o que eu vou ganhar quando as pessoas lembrarem de mim depois que eu morrer. Tipo... morri. E aí? Você acha realmente que eu vou morrer, e ficar olhando os pobres mortais aqui embaixo pra ver se eles estão se lembrando de mim?
Não. Eu não vou.
Esse é o vídeo.
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