quinta-feira, 8 de julho de 2010

breve contato

Com papéis e um lápis preto ele rodava o mundo. Não morava em lugar nenhum, todos os lugares do mundo moravam nele. Não falava com sotaque algum, porque todos os sotaques do mundo falavam dele.
No pior lugar em que poderia estar, encontrara um grupo de estranhos universitários que riam e bebiam num canto da praça. Tantas coisas se passavam em sua cabeça que ele nem notara tudo o que contava a eles. Naquele momento sua vida não era mais uma vida - era a mais bela história do mundo que fazia dos olhos daqueles jovens faróis iluminados.
Ele nunca vai imaginar o quanto ensinou, mas eles sabem o quanto aprenderam. Uma vida toda mostrada/ensinada/ilustrada em um espaço de tempo tão curto - a pintura de um quadro - a pintura de uma vida.



Algum dia de novembro de 2009.