terça-feira, 1 de setembro de 2009

Memórias presentes

Futuro do pretérito imperfeito
Mas o que ela não conseguia explicar pra ninguém era que aquela vontade de ser louca não era uma vontade de ser louca, somente. A aparente irresponsabilidade nunca fora tão atraente.
Do meio do nada surgiu um grito que ansiava por liberdade. Ela só queria fugir de tudo aquilo. Em momento algum ela dissera que não gostava da vida que levava. Aquilo não queria dizer que ela não amava as pessoas que estavam à sua volta. Não necessariamente, ela estaria insatisfeita com tudo o que tinha e vivia.
Mas o que sentia era maior que ela. Ela pensava que era só atender à covardia e manter tudo como estava, como sempre. Mas tudo parecia maior dessa vez. O grito era mais alto. O destino desejado era mais bonito. Os meios eram mais fáceis. Tudo era mais tentador.
Nada tinha mudado. Exceto ela... Era ela quem mudara naquele cenário habitual. E depois que a certeza de ficar sumiu, ela ficara totalmente perdida. Não sabia se conseguiria apenas ficar, ou se dessa vez ela iria.
Iria pra onde? Como? Pra sempre ou só por algumas semanas?
E pensar que uma única pessoa a mantia ali pra sempre, mas não sabia se a manteria ali por enquanto.
Se sentia tão confusa e ao mesmo tempo tão certa. Sentia tanto medo e tanta vontade.
Melhor era parar de pensar nisso e voltar ao pensamento mais perto do momento certo. Ela sabia que o desespero poderia lhe ajudar a tomar uma decisão. Sempre fora precipitada, e aprendera a viver com isso. Sim, deixaria de pensar antecipadamente e seria precipitada.
O que vier depois, está bom...

Um comentário:

♫ Liliane ♥ disse...

Parabéns, amiga!
Seu blog está a cada dia melhor!
^^